segunda-feira, 24 de maio de 2010

PAZ

Certa vez um professor lançou um concurso numa renomada faculdade de artes
plásticas dando ao grupo de alunos a seguinte tarefa: Fazer algum trabalho
de arte que expressasse o melhor significado da paz.

Lançado o desafio, cada aluno buscou em uma forma de arte algo que pudesse
descrever esse estado de espírito, tanto na natureza, como nas formas e
cores de suas obras de arte.

Passado algum tempo, chegou o grande dia da apresentação para a platéia
inteira da universidade.
Curiosamente um aluno trouxe um vídeo que se tornou o grande vencedor do
concurso.

Durante algumas semanas esse aluno acompanhou um casal de pássaros
construírem um ninho e chocar seus filhotes, num lugar que seria a última
opção para um ser humano imaginar que se encontraria para paz para tão
delicado e harmonioso trabalho. O lugar escolhido pelo casal de pássaros era
embaixo de uma queda d´água muito forte e turbulenta, ventos e pingos da
cachoeira balançavam o pequeno ninho de um lado para o outro tirando a
aparente paz necessária do determinado casal.
Passaram-se algumas semanas, e as imagens gravadas registraram todo o
difícil e delicado trabalho daqueles dois pássaros, mas, enfim, ao amanhecer
de um lindo dia de sol, pela primeira vez as imagens registravam dois
pequenos filhotes que barulhentos anunciavam a natureza que haviam nascido,
e os ventos e pingos daquela água fria não tiraram a paz daquele feliz
casal, que pacientemente cumpriram com o dever da procriação.
Paz em meio à turbulência!

O ambiente era o mais impróprio para tentar descrever a paz, mas acontece
que a paz de verdade não estava na condição do inóspito lugar e sim na
convivência daqueles dois passarinhos, com toda a condição contrária.
A paz é o que está por dentro.

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