segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Progresso e o Espiritismo


O que o futuro aguarda para o Espiritismo? Primeiro devemos desmembrar duas idéias que giram em torno da pergunta lançada: o futuro é, por natureza, o progresso e a evolução – falando do futuro absoluto; o futuro breve, dentro de um plano de metas traçado, pode ser mais ou menos progressista. De qualquer forma, excluímos o regresso. Logo, ainda que nos advenha uma catástrofe – como o cenário ilustrado pela ficção cinematográfica 2012, não devemos perder o foco maior: evolução.

Dentro do sistema auto-defensivo, nosso instinto humano nos impele a temer o novo. E o futuro, entre outros atributos, tem por ofício ser misterioso – definição de Pedro Mallan, ex-ministro econômico do Brasil. Na maioria das vezes, tememos por mesquinhez materialista: tememos perder a estabilidade do pão de cada dia, perder a companhia física dos entes queridos ou a temer a própria vida corporal – de que tanto já nos queixamos, ao longo da nossa existência.

Mas existe uma chama inapagável em cada um de nós a nos dizer que o progresso é lei natural, divina, e que nada ou ninguém, embora possa embaraçar momentaneamente, jamais esbarrar essa marcha. Aliada a essa certeza prática, conforme observamos na Natureza geográfica e hominal, temos a força da fé a nos mover para frente, definidamente.

E com essa fé, vejo um grande desafio para a Doutrina Espírita nesse futuro próximo – digamos, de uma década –, e consequentemente um grande mérito a ser alcançado: nunca Kardec e Chico Xavier foram tão divulgados e aceitos como agora, o que nos permite prever uma adesão em massa, nos próximos anos, de ateus comovidos, católicos ressabiados e evangélicos saturados de um religiosismo medieval.

Some-se a isso, o envolvimento comprometido da ciência (salve a física quântica!) e das autoridades gerais. Para termos uma idéia numérica, vamos lembrar que o último censo no Brasil (no ano 2000) apontou singelos 2,5 milhões de espíritas nas terras tupiniquins. Esperemos para ver a conclusão da pesquisa que o IBGE já está articulando. A expectativa é que o relatório final seja apresentado ano que vem e apresente uma sensível mudança no gráfico religioso.

Mais gente recebendo e aceitando os conceitos espíritas é positivo – lutamos para isso. No entanto, além da quantidade, cuidemos da qualidade. Saibamos receber os novos adeptos e saibamos zelar pela Doutrina. O autêntico espírita – por isso mesmo, bem avisado – tem o compromisso evangelizador de promover o Espiritismo.

Virão os exaltados (fascinados pela fenomenologia), virão os fanáticos (transferindo sua paixão pelas crenças antigas pela crença espírita), virão os teimosos (com a idéia de mais influenciarem o Movimento Espírita do que mesmo se reformarem), virão os aproveitadores (que faliram em seus negócios e vislumbrar lucros no crescente mercado de mídia espírita). Mas não vamos temer o desafio: confiemos no progresso e na evolução! Para cada um que se apresentar com propósitos negativos – seja por boa ou má vontade – dezenas, centenas e milhares haverão de se levantarem com a bandeira espírita.

Pegue a sua bandeira! E saudemos o futuro e o progresso

Texto por: Ery Lopes
Escrito para a coluna fraterna do site Espiritando.
www.espiritando.com.br

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