segunda-feira, 26 de julho de 2010

Prece da Paz


Senhor Jesus! Em teu amor infinito, concede-nos a tua paz.
Ensina-nos a viver e a servir em paz.
Conserva-nos os corações no caminho da paz.
Auxilia-nos a compreender-nos uns aos outros no clima da paz.
Senhor! Em tua misericórdia,
abençoe-nos com a tua paz, agora e sempre.
Assim seja.

Emmanuel - Chico Xavier - Livro Migalhas

domingo, 25 de julho de 2010

Associação Beneficente Caminho de Damasco

Fundação
A ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE CAMINHO DE DAMASCO foi fundada no ano de 1940 pelo Sr. José de Moraes, com a denominação de CENTRO ESPIRITA CAMINHO DE DAMASCO.
Vale registrar que na época Votuporanga tinha apenas 3 anos de fundação.

Localidade
Durante muitas décadas a Instituição funcionou na rua Mato Grosso, no Centro da cidade.
No ano de 1993 a diretoria da mesma adquiriu um terreno no bairro da estação periferia da cidade), ali foi constrúida uma nova sede.
Portanto a ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE CAMINHO DE DAMASCO, está localizada na rua: Benedito Pereira nº1874, bairro Estação- Votuporanga-SP.

Bairros atendidos pela instituição
São atendidos socialmente pela Instituição os bairros: Estação, Matarazzo, Palmeiras I e II,Sonho Meu e Renascença.

Principais atividades da associação Beneficente Caminho de Damasco

ATENDIMENTO SOCIAL ÀS FAMILIAS CARENTES:
A Entidade, além do atendimento diário às crianças e adolescentes, realiza atividades junto as familias carentes, aos sábados e domingos oferecendo:
- Leite
- Cestas básicas
- Atendimento médico
- Atendimento a gestantes
- Almoço (2 vezes por semana)

C.C.I.J. BENEDITA PIMENTEL
ATIVIDADES DE ORDEM ESPIRITUAL







PALESTRAS - AGNALDO PAVIANI


AGOSTO - 2010

DIA: 05
GRUPO ESPÍRITA DR. BEZERRA DE MENEZES
HORÁRIO: 22H
R. CASTELO BRANCO, 279
GUARULHOS - SP
......................

DIA: 07
GRUPO SOCORRISTA CASTELÃ
HORÁRIO: 16H
R. ALVEZ GUIMARÃES, 1127
PINHEIROS - SP

CENTRO ESPÍRITA JESUS É O CAMINHO
HORÁRIO: 20H
R. ARMINDA DE LIMA, 403
GUARULHOS - SP
......................

DIA: 08
CENTRO ESPÍRITA O CONSOLADOR
HORÁRIO: 9 AS 12H (SEMINÁRIO UM HOMEM CHAMADO JESUS)
R. DO BOSQUE, 306 - SANTO ANDRÉ - SP

VISITE: www.agnaldopaviani.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O bom ânimo traz recompensas


Sempre que estiver triste
Examina o seu pensamento
Dissipa as trevas da mágoa
Renova as suas intenções
Não seja cruel consigo
Você é belo, é luz, é filho de Deus!
Para a tristeza da alma
O serviço é aliado seu
Não se entregue! Não é essa a solução!
Examina o que trama e pensa
Examina o seu coração
O bom ânimo traz recompensas
Levanta! Caminha, irmão!

Texto: Elizabete Lacerda
Julho/2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Teatro - "Jesus em Meu Lar"

Curso On-line

Prato de Sopa - C.E.I.J - Centro Espírita Ismênia de Jesus - Santos - SP

O C.E.I.J. mantém esta atividade que iniciou-se em 24 de agosto de 1941 com o fornecimento diário de alimentação: macarronada, caldo verde, arroz e feijão com mistura – frango e carne e sopas com carne, legumes e miúdos de frango, no horário das 12:00h às 14:00h.

Essa alimentação é realizada durante todo o ano, sendo servido em 365 dias, sem interrupção de finais de semana ou feriados. A complexidade de problemas trazidos pelos irmãos nessa condição social que requer inúmeros recursos, assim como demonstrados na tabela abaixo.
A média de pessoas que se utilizam da alimentação e de outros serviços oferecidos é de 150 por dia.

Assistência Material: instalações sanitárias, banho, distribuição de roupas, calçados, barbeadores, sabão, sabonete, curativo, corte de cabelo e barba.

Assistência Espiritual: palestra das 12:35h às 12:50h, com leitura e comentário do “Evangelho Segundo o Espiritismo” e a Prece, com o objetivo de despertar sentimentos de acordo com a Moral Cristã. Atendimento Fraterno individual aos que solicitam ajuda.

Terapia Comunitária: momento que as pessoas se reúnem em grupo para troca de experiências, para serem ouvidos e respeitados.

Cinema: apresentação de um filme por semana, toda sexta-feira após o almoço. A última semana do mês os próprios participantes escolhem o filme
Uma equipe de voluntários faz curativos simples aos irmãos assistidos.

Neste ano foram atendidas 2.310 pessoas totalizando 3.033 curativos. Os casos mais graves são encaminhados ao Pronto Socorro.

Este Departamento também conta com a participação de colaboradores voluntários, os quais fazem um trabalho humanitário e espiritual de grande valor para esta comunidade.

Mais informações acesse: http://www.ismeniadejesus.org.br




NEAL - Núcleo Espirita Amor e Luz (Principais Atividades Públicas)



DOMINGO
9h00: Evangelização Infantil
10h00: Mocidade
12h00: Ensaio de Teatro “Artes Cânones”
18h00: Palestras, Passes e entrevistas.

SEGUNDAS
20h00: Palestras, Passes e entrevistas.

TERÇAS
20h00: Palestras, Passes e entrevistas.

QUINTAS
20h00: Palestras, Passes e entrevistas.

SÁBADOS
11h00: Assistência Social com Palestra e entrega de marmitex
20h00: Palestras, Passes e entrevistas.


Endereço
Rua Maria Helena, 174 -Centro – Carapicuíba - SP

domingo, 18 de julho de 2010

Terapia do Abraço

Efeitos do abraço!
Porque os efeitos que um abraço produz, são simplesmente maravilhosos:
Produz calor - sempre aquece o coração; Tem efeitos duradouros;
Preenche espaços vazios em nossas vidas;
Torna os dias mais felizes, torna viáveis os dias impossíveis;
Faz a gente se sentir bem, abre passagem para os sentimentos;
Constrói a auto-estima, alivia a tensão;
Afirma a nossa natureza física;
Contribui fundamentalmente para a saúde, tanto física quanto emocional.
Não requer equipamento nem ambiente especial
(qualquer lugar é lugar de um abraço),
é só abrir os braços e o coração;
É democrático - todos podem abraçar;
É universal - em qualquer língua é sempre compreendido.
O abraço, portanto, é um método simples de oferecer apoio,
cura e crescimento.
É a forma perfeita de mostrar o que as palavras não conseguem dizer.
A primeira qualificação para abraçar é o QUERER
- todos têm uma capacidade natural para compartilhar abraços maravilhosos.
A condição fundamental para o abraço sincero,
é respeitar o outro como pessoa,
não lhe atribuir culpas, não julgar.
É viver realmente o amor incondicional!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Convite Especial 2010

Centro Espírita ''Missionários da Luz''
Rua dos milagres - 957 - Cristo Redentor - João Pessoa - PB - Brasil.

Convida todos, para palestras o qual o tema será ''CHICO XAVIER, 100 anos de luz de amor e fidelidade à Jesus''.
Dia 03 a 31 de ágosto às 19h30 (todas as quintas e sextas)

PROGRAMAÇÃO:
03/08 - Terça-feira - Palestrante: Merlânio Maia
Tema: ''Parnaso de Além Túmulo''

05/08 - Quinta-feira - Palestrante: Iara Machado
Tema: ''Renuncia''

10/08 - Terça-feira - Palestrante: André Gaioso
''Caravana Chico Xavier''

12/08 - Quinta-feira - Palestrante: Raquel Maia
Tema: ''Paulo e Estevão''

17/08 - Terça-feira - Palestrante: Sueli Cavalcante Dias
Tema: ''Missionários da Luz''

19/08 - Quinta-feira - Palestrante: Marco Lima
Tema: ''Os mensageiros''

24/08 - Terça-feira - Palestrante: José Batista Neto
Tema: ''Ação e Reação''

26/08 - Quinta-feira - Palestrante: Octavio Caumo
Tema: ''O consolador''

31/08 - Terça-feira- Palestrante: Almir Laureno
Tema: ''Libertação''

Seminários:
Expositor: Frederico Menezes
Dias 21 e 22 de agosto
Sábado às 14h30
Domingo às 09h00
Tema: Mediunidade: Saúde com Jesus!

Sua presença é essencial e muito especial, contamos com todos!

Evangelização Infantil no Espiritando

A Educação Espírita tem, como objetivo principal, a emancipação do ser humano baseada na percepção e compreensão da sua própria natureza espiritual. Não se trata de transformar crianças em espíritas. Trata-se de torná-las pessoas felizes, realizadas, conscientes das leis da vida e da sua função no Universo.
Para isto, é necessário considerar o educando em todos os aspectos interligados de seu Ser: espiritual, moral, mental, emocional, físico-energético e social. É necessário desenvolver um tipo de trabalho que inclua todas estas dimensões do Ser; que relacione conceitos, sentimentos e prática; que seja atual e interdisciplinar e adaptado a cada realidade, sem perder-se de seus princípios norteadores.
(Por: Ermance Dufaux)

Chico Xavier na ONU



No dia 6 de agosto será realizado o evento "Tributo a Chico Xavier" num dos auditórios da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova Iorque (EUA), em uma promoção da United Nations Staff Recreation Council (LNSRC) e Society for Enlightenment And Transformation (SEAT). Será apresentado o filme Chico Xavier, seguido de uma mesa redonda com produtores e atores do filme e diretores da FEB e do Conselho Espírita Internacional.

Informações: www.spiritistvideos.com/chico

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mediunidade

A mediunidade deve ser levada a sério
Porque além de ser um dom sagrado
Também faz parte do “mistério”
De um plano que foi traçado.

Quem faz da mediunidade um negócio
Para assim enriquecer
Atrai , maus espíritos prá sócios
Pondo assim tudo a perder.

Se alguém erra por ignorância
Não é assim tão culpado
O senhor tem tolerância
Porque não foi informado.

Mas se alguém faz pouco caso
É um médium leviano
A dor vem, não por acaso
É a cobrança do plano.

O médium deve orar e vigiar
Para assim se defender
Com todas as forças lutar
Para não se corromper.

Jesus, em sua mediunidade
Foi sempre calmo e tranqüilo
Fazia o bem com humildade
Porém , pedia sigilo.

...........................

Escrito por: Um amigo Poeta

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Elizabete Lacerda - Novo CD


Neste domingo, 11 de julho, a Música Espírita ganhou mais uma coletânea de pérolas harmoniosas através do novo álbum "Em Canto", de Elizabete Lacerda.
O lançamento oficial ocorreu na Comunhão Espírita de Brasília (L2 Sul, Quadra 604, Lote 27 - CEP 70200-640 Brasília, DF).

Os interessados em conferir mais esse trabalho especial de Elizabete Lacerda, podem fazer o pedido diretamente à cantora: elizabetelacerda@gmail.com

Humanizar - RECIFE

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um forró no Umbral

Adaptado de um dos contos do livro de mesmo nome, de Saara Nousiainen, formulando novas idéias e propostas importantes neste período de transição para um novo tempo.

Anastácio cambaleia nos sofrimentos de um enfarte.
Aperta o peito com as mãos.
Cai, estrebuchando nas angústias do desencarne e, finalmente, fica imóvel.
Sente-se arrastado, não sabe para onde. Aos poucos, começa a ouvir gemidos, gargalhadas e uivos distantes, que vão se aproximando.
Reflexos de luzes alaranjadas e avermelhadas de uma fogueira dão ao ambiente um tom umbralino.
Figuras grotescas, suadas e com as roupas em desalinho, arrastam-se ao som de uma sanfona desafinada e estridente, que toca música de forró.
A um canto, um homem observa. É Jerônimo, administrador daquele núcleo. Anastácio também começa a dançar junto com os outros, movido por forças estranhas.
Tenta parar e não consegue. Finalmente se deixa arrastar naquela dança estranha, enquanto grita:
- Mas o que é isso?... Será que estou ficando louco? Por que não consigo parar?
Desesperado, levanta o rosto para o alto:
- Meu Deus, o que está acontecendo?... Me ajuda! Tem misericórdia de mim!
De repente, a música pára e todos se estendem no chão, exaustos. Anastácio, olhos esbugalhados, apalpa-se, belisca-se, enquanto diz, aflito:
- Acho que isto é um pesadelo... Quero acordar!
Jerônimo se aproxima. O tom da voz denota piedade, quando diz:
- Passou a vida inteira em centro espírita e não percebe que já desencarnou...
- Eu...? Desencarnei...? Que brincadeira é essa?
Reflete um pouco, esfrega o rosto e, começando a convencer-se de que morreu, uma expressão de desespero toma conta do seu rosto, de todo o seu ser. Chora. Aos poucos reage e fala, revoltado:
- Então é assim?... Uma vida inteira votada ao Espiritismo... e termino num horrível e asqueroso forró?... Olha na direção do núcleo do forró e conclui:
- No Umbral... com certeza!
Desesperado, agarra Jerônimo pela camisa e pergunta, aos gritos:
- Que significa isto? Alguém tem que me explicar!
- Calma, Anastácio! Quer complicar ainda mais sua situação?
Olhando mais atentamente para Jerônimo, Anastácio exclama:
-Mas você é o Jerônimo. Você foi diretor da área doutrinária do centro. Como é que veio parar aqui?
Esfrega os olhos, o rosto, como a querer libertar-se de um pesadelo.
- Coisas da vida, meu caro - responde tranqüilamente Jerônimo.
- Só posso estar ficando louco! - exclama Anastácio.
- Não, Anastácio. Você não está louco... nem eu. Nós apenas nos enganamos, na Terra.
- Como? Então o espiritismo é mentira? Tudo aquilo que aprendemos é mentira?
- Não, meu amigo. A mentira estava em nós mesmos.
- Mas isso é um absurdo, uma injustiça!
Olha com ar de superioridade para Jerônimo, dizendo:
- Você, na verdade, bem que merece estar aqui, porque nunca foi um espírita decente. Além de irresponsável, sempre foi devasso. Pensa que não sabíamos? Chegou ao cúmulo de seduzir uma jovem da Mocidade... e o que foi que fez?... Hein?
Jerônimo baixa a cabeça, envergonhado. Anastácio continua:
- Induziu a garota a fazer aborto. Todos nós sabíamos disso.
Jerônimo levanta o rosto com ar de profunda mágoa dizendo, em tom de revolta:
- E não me disseram nada! Vocês são quase tão culpados quanto eu. Vocês, que se davam ares de grandes espíritas, praticantes do Evangelho... Para tudo tinham resposta na ponta da língua, como se fossem os porta-vozes do plano superior. Você, então, que era o mais procurado pelas pessoas que buscavam orientação, por que nunca me repreendeu? Por que nunca me aconselhou?
Anastácio abre a boca para responder, mas... dizer o quê? Jerônimo, abatido ao peso da mágoa, deixa-se cair no chão e põe a cabeça entre as mãos. Sua fala é quase um lamento:
- Eu sabia que aquilo estava errado, mas a tentação foi grande demais. A garota me deu bola e... foi uma paixão furiosa. Depois a gravidez, o medo da mulher descobrir... O escândalo. Eu sabia que vocês tinham conhecimento de tudo, mas como ninguém me aconselhou... como nada disseram... Achei que estavam aceitando tudo com naturalidade e eu também acabei acreditando que não estava tão errado assim.
Anastácio fica profundamente consternado. Finalmente exclama:
- Meu Deus, eu nunca tinha pensado por esse enfoque!
Como falando a si mesmo, continua:
- Mas você tem razão. Numa comunidade espírita as culpas de um atingem também aqueles que nada fazem para ajudá-lo a se corrigir.
A música começa de novo e todos vão sendo arrastados por estranha força, para a dança. Só Jerônimo parece imune a ela. Numa das viravoltas Anastácio tropeça e cai, arrastando outro dançarino ao chão. Ao olhar-lhe o rosto, reconhece-o:
- Manoel! Você aqui?
Ia estender-lhe a mão mas observa, horrorizado, que suas mãos estão enroladas em panos sujos de sangue, de horrível aparência. Manoel procura esconder as mãos atrás das costas, envergonhado. Fala em tom humilde:
- Espero que você não permaneça muito tempo por aqui. Eu, bem que mereço. E nem sei quando vou sair. Talvez até me mandem mais para baixo.
Anastácio arregala os olhos, sem entender. Manoel continua:
- Aqui, é uma espécie de região intermediária entre a Terra e o Umbral. Os que carregam culpas mais pesadas e ficam, é porque algo sustou sua queda. No meu caso, foram as preces das pessoas que curei.
Enraizado nos velhos hábitos do orgulho, Anastácio diz, com certo ar de superioridade:
- É... Quanto a você é fácil entender que esteja aqui. Você era médium, espírita, e todos nós sabíamos que começou a cobrar pelas curas que realizava.
Conclui com ar de reprovação:
- Você ganhou verdadeira fortuna com o uso da mediunidade.
Manoel baixa os olhos e fala em tom magoado:
- É verdade. E vocês não me disseram nada. Só falavam pelas costas. Principalmente você, tão zeloso pela pureza doutrinária. Eu era pobre, precisava manter a família. Aí, comecei a receber presentes e quando me dei conta, tinha ido longe demais.
Olha indignado para Anastácio e conclui, num rompante:
- Por que você não me disse nada? Eu achava que se estivesse tão errado assim, os companheiros me chamariam a atenção. Como ninguém me censurou... fui caindo mais e mais.
Sentindo-se arrastado para o turbilhão alucinante fala, quase num grito:
- Por que você não me repreendeu? Devia ter brigado comigo, até mesmo me desmoralizado, agredido... Teria sido bem melhor.
Anastácio baixa a cabeça, pondo-se a chorar amargamente. Aos poucos vai se acalmando, por força do cansaço em virtude daquela estranha dança. A música pára de novo e todos caem no chão, exaustos. Tropeça em algo e se vê junto a um ser estranho, sem forma, cuja vida se manifesta em batimentos cardíacos desordenados.
Horrorizado, grita:
- Mas o que é isso? Um abortado?... Essa, não!!! Desse aí, tenho certeza de não carregar nenhuma culpa. Nunca promovi nem permiti abortos.
Aquele ser estranho responde, com voz lamentosa:
- Eu fui levado a um centro espírita e fiquei esperando minha vez de ser atendido. Tinha certeza de que receberia alívio e poderia recompor meu corpo espiritual. Esperei com toda paciência enquanto você doutrinava um espírito que havia sido assassinado. Parece que era alguém muito importante e você passou a maior parte da sessão conversando com ele, fazendo perguntas e mais perguntas. Quando finalmente chegou a minha vez, era hora de encerrar e você não me deixou incorporar. Eu me desesperei e me agarrei à médium, mas você disse que era hora de encerrar e que ninguém mais poderia "receber" nenhum espírito. Eu fiquei tão revoltado, com tanto ódio de você, que fui arrastado para este lugar.
Perplexo, Anastácio diz:
- Ah, me lembro do caso. Mas não tive culpa. Se os dirigentes não cuidam da disciplina, a sessão vira bagunça.
A estranha figura responde, em tom humilde choroso:
- Eu não queria bagunçar nada. Só queria alívio para o meu sofrimento, que era grande demais...
Anastácio senta-se no chão, profundamente chocado, murmurando:
- Que situação! E eu que achava que seria recebido em Nosso Lar, quando desencarnasse. Tantos anos dedicado à causa. Que ironia! Em vez de Nosso Lar, este horrível Forró. No lugar do Ministro Clarêncio vir me receber, encontro um bando de estropiados e até um abortado! É demais! Não dá para agüentar.
Recompõe-se lentamente. O desespero e revolta dão lugar ao desalento. Continua:
- E o pior de tudo é essa sensação de culpa...
Olha para o abortado e fala, com o olhar perdido ao longe:
- O que será mais importante, a disciplina em nome da caridade... Ou a caridade em nome do amor?
A música recomeça e com ela Anastácio e os demais voltam a rodopiar, num louco e incontrolável frenesi, sem conseguirem parar. Quando finalmente silencia, Anastácio, vencido pelo cansaço, cambaleia e, pára não cair, agarra-se no cabelo de um mulher que está próxima. Ela dá um grito de dor, voltando-se para ele que, espantado, reconhece-a:
- Marieta! Você também está aqui?
Marieta fora uma das melhores palestrantes do movimento espírita local. De olhos arregalados pelo espanto, exclama:
- Anastácio? Nunca esperei que viesse para cá. Você... sempre tão certinho.
- É... nem eu esperava. E você, uma das melhores palestrantes que conheci, como é que veio parar aqui?
- Enganos, meu caro, enganos.
- Quer dizer que veio para cá por engano? Como é que pode?
- Não, não! O engano foi meu. Eu fazia belas e emocionantes palestras e me achava o máximo. Eu vivia muito ocupada em estudar a Doutrina, porque queria ter sempre na ponta da língua a resposta para qualquer pergunta. Sentia uma grande satisfação em poder "esmagar" os outros, num debate, com minhas argumentações, muitas vezes ferinas. Na verdade, Anastácio, eu amava a mim mesma, à minha vaidade. Não pratiquei a fraternidade. Não respeitei meu próximo, como deveria, não respeitei as suas opiniões, seus pontos de vista. Eu achava que era a dona da verdade, e não percebi que a verdade tem muitas facetas, uma para cada momento evolutivo. E vocês que me criticavam pelas costas nunca tiveram fraternidade suficiente para conversarem comigo e me mostrarem meus enganos.
Anastácio fica pensativo por alguns instantes. Finalmente, como degustando a idéia, fala lentamente:
- Você disse uma coisa que só agora estou conseguindo perceber. A Verdade tem muitas facetas, uma para cada momento evolutivo.
- Exatamente! E é por não entendermos isto que geramos tanta discussão, tanta discórdia, tanta divisão.
Reflete um pouco e conclui:
- Eu não fui alteritária.
- Autoritária?
- Não. Eu disse alteritária.
- Que é isso?
Marieta reflete por alguns segundos e explica:
- Ser alteritário significa ter uma relação fraterna e respeitosa com os que pensam diferente, ou são diferentes de nós. Entende?
Pensa um pouco, antes de concluir:
- Bezerra de Menezes disse que "A diversidade é uma realidade irremovível da seara espírita". Quer dizer que nós precisamos construir a fraternidade nos meios espíritas, apesar das divergências, respeitando-as e procurando aprender com as diferentes opiniões.
Anastácio exclama, em tom de revolta:
- Você diz, precisamos. Como, precisamos? Estamos mortos... desencarnados... perdemos a nossa chance.
Põe-se a chorar, em grande desespero. Jerônimo se aproxima:
- Calma, Anastácio, calma.
A música fica mais alta e Anastácio é novamente arrastado por aquela força, misturando-se aos demais. Uma hora mais tarde, quando ela pára, encosta-se na parede, arfante. Os outros se estendem no chão, exaustos. Após curto descanso Jerônimo e Marieta se aproximam.
- Por que você não é arrastado pela música, assim como nós outros? - Pergunta a Jerônimo.
- Porque sou o administrador. Pedi aos planos mais altos para permanecer mais tempo por aqui. Necessito muito de reflexão, de buscar a minha verdade interior, e aqui posso encontrar muitos exemplos que me ajudarão no futuro.
- E é nessa verdade interior - intervém Marieta - que está o real caminho da evolução.
Silencia por instantes, meditativa. Em seguida, continua:
- Nós, seres humanos, costumamos não aceitar aqueles que não se encaixam em nossos modelos e, com isso, cuidamos de perceber as diferenças deles como sendo defeitos.
- Você agora disse uma dura verdade - exclama Jerônimo. - Queremos sempre que os outros se guiem pelos nossos parâmetros, sem respeitar a sua individualidade, o seu momento evolutivo. Por que sempre pretendemos ser os donos da verdade?
Com leve sorriso nos lábios, Marieta responde:
- Porque somos vaidosos. E então ficamos tão atentos vigiando severamente a melhora dos outros que deixamos de lado a única tarefa que cabe exclusivamente a nós mesmos, o nosso próprio crescimento interior.
- Você tem toda razão - assevera Jerônimo. De modo geral, sentimos verdadeira necessidade de fiscalizar os atos alheios. Em nosso orgulho, acreditamos que as falhas deles diminuem o peso das nossas.
Com um suspiro, Marieta exclama:
- Quanto engano, meu Deus! Quanto engano vivenciamos na Terra; quantas máscaras usamos, tentando esconder nossa própria consciência!
Apontando, espantado, na direção do núcleo do forró, Anastácio exclama:
- Mas aquele ali não é o Onofre?
- É ele mesmo - confirma Jerônimo.
Anastácio está cada vez mais surpreendido, de uma surpresa muito desagradável. Finalmente, pergunta:
- Como é que pode? Um líder espírita tão importante? Que teria feito de tão grave assim?
Com meio sorriso nos lábios Jerônimo explica:
- Um líder espírita importante. Você disse tudo. Um líder espírita precisa entender que a sua vida, suas atitudes, ações e também omissões são exemplos que ele passa e que muitos irão guiar-se por eles. A responsabilidade de um líder é infinitamente maior.
- Mas o Onofre sempre foi um bom exemplo, creio eu - retruca Anastácio.
- Engano seu. Ele era bom exemplo em muitos casos, em outros, não. Lembra aquela vez em que tentamos implantar reuniões voltadas à reforma interior, nos centros da nossa área de atuação?
- Lembro, sim. E essa reforma, ou esse crescimento, passaria a ser prioridade nesses centros. Também seriam implantados alguns recursos utilizados por Psicólogos e Terapeutas, inclusive oficinas, visando ajudar os participantes em sua evolução, mas o Onofre disse que essa não era função de uma instituição espírita; que não queria essas novidades e que bastava o estudo da codificação para alguém que pretendesse fazer a sua reforma interna.
- Sei disso. Lembro-me bem. Mas o que tem isso a ver...?
- O Onofre foi contra, não permitiu. E esse fato causou prejuízos evolutivos a todos nós e também aos centros que iriam participar.
- É verdade. E pensar que eu também fui contra.
- E, além disso, ele não soube construir um ambiente fraterno e alteritário nos centros que dirigiu. Era muito dado a críticas. Tudo ele criticava, desde as instituições até os companheiros de atividades. Nada escapava às suas cáusticas observações e isto gerava um ambiente pesado, um clima de hostilidade, inaceitável numa Casa espírita.
- É... eu lembro. Mas você falou em alteritário. Já ouvi essa palavra, mas ainda não sei exatamente o que significa.
Jerônimo sorri amavelmente e, fitando Anastácio com certo carinho, explica:
- Vejamos você mesmo como exemplo de falta de alteridade. Você sempre primou pela pureza doutrinária. Não era tanto por amor à causa espírita, mas principalmente para poder impor seus pontos de vista. Lembra? Em nome da pureza doutrinária cometeu muitos erros. Proibiu aquela reunião de Evangelho com idosos, promovido pela Iracema, que era psicóloga, só porque ela estava inserindo práticas como o relaxamento e algumas atividades de integração entre os membros do grupo. Não se preocupou em analisar os benefícios do relaxamento, nem a importância da integração entre aqueles velhinhos. Também não valorizou o que é o mais importante para o espírita e para qualquer ser humano.
Anastácio olha de forma interrogadora para Jerônimo, que continua:
- O crescimento interior. Não é essa a meta primordial do Espiritismo? Alteridade é isso, meu caro. É ter disposição para aceitar e aprender com os que são e pensam diferente de nós. Nos meios espíritas admitir a diversidade de opiniões e práticas, desde, é claro, que não fujam aos princípios básicos do Espiritismo. A alteridade não impõe, ela respeita.
Anastácio senta no chão, baixa a cabeça e fica meditativo. Uma mulher, cuja beleza se oculta por trás das rugas e das roupas amarfanhadas, senta-se a seu lado, dizendo:
- Pensei que você fosse demorar mais na Terra.
Surpreendido, Anastácio exclama:
- Suzana? O que faz aqui? Você, que entre outras atividades foi Presidente da nossa Casa, aqui, neste asqueroso forró?
Suzana fica pensativa por instantes. Finalmente, olhando Anastácio nos olhos, diz:
- Por isso mesmo, Anastácio, por isso mesmo. Pelo cargo que eu ocupava deveria ter tido muito mais humildade, mais fraternidade. Eu tinha todos os ensinamentos de Jesus na ponta da língua, mas na hora de praticá-los... O que eu falava não era condizente com as minhas atitudes, principalmente aquelas mais internas, do pensamento, dos sentimentos.
- Mas eu acho isso injusto. Castigos tão horríveis como este, para culpas ou faltas tão pequenas.
Com uma pontinha de ironia na voz, Suzana responde:
- Isto aqui não é horrível, não, meu caro. Horrível é o que tem mais lá embaixo. Este aqui é o setor das faltas menores. Aqui, estagiamos a fim de podermos perceber as nuances de uma conduta não fraterna; pequenos detalhes que não quisemos observar quando encarnados. Aqui, adquirimos consciência dos muitos males que provocamos com nossas atitudes. Veja, por exemplo, o caso da Silvia.
Apontando para uma jovem, diz:
- Aquela ali, de blusa amarela, é a Silvia. Ela era do "Centro Jesus de Nazaré". Quando a Maria Eulália, uma trabalhadora da Casa, mãe de cinco filhos, adoeceu gravemente, nenhum dos companheiros foi visitá-la. Muito menos colocar-se a disposição para ajudar no que fosse possível. Todos simplesmente ignoraram a situação difícil da companheira.
- E por que só a Silvia veio para cá?
- Calma, amigo! Os outros ainda não desencarnaram.
Numa voz na qual transparecia revolta, Anastácio replica:
- Não, não pode ser! Nunca ouvi dizer que alguém tenha sido atirado no Umbral, só porque deixou de visitar um companheiro doente.
- O problema não está no fato de não terem ido visitar Maria Eulália, mas na frieza que demonstraram com relação a uma companheira de atividade espírita. A Silvia também trabalhava na recepção, no centro. Ela recebia as pessoas com frieza, com certo ar de superioridade, quando deveria ser fraterna, acolher a todos com simpatia e calor humano.
- Você fala como se fosse fácil ser fraterno.
- Claro que não é fácil. Mas aqui eu tenho tido muito tempo para observar e refletir. E cheguei a uma conclusão interessante, que venho testando comigo mesma. E olha que os resultados são surpreendentes.
- Que conclusão é essa? - Pergunta Anastácio, curioso. Após instantes de silêncio, Suzana responde:
- Reflita comigo. Os espíritas fazem palestras, ouvem palestras, lêem verdadeiras enxurradas de mensagens edificantes, de livros de teor evangélico, fazem reuniões de Evangelho... E se perdem nos muitos detalhes.
- Não estou entendendo.
- Todo esse esforço não visa à reforma interior?
A um aceno positivo de Anastácio, Suzana continua:
- Acontece que para a parte mais importante dessa reforma só é necessária uma única ação, que é básica, fundamental. Basta imprimir sempre em si mesmo, ou seja, desenvolver sempre um estado de espírito fraterno e contente.
Anastácio reflete um pouco e um leve sorriso vai tomando conta de seu rosto. Entusiasmado, exclama:
- Está aí uma coisa em que eu nunca tinha pensado. Se eu conseguir manter sempre um estado de espírito fraterno, não preciso me preocupar em me policiar, porque com sentimentos fraternos não vou praticar atos contrários às leis maiores. Meu Deus é uma coisa tão simples!
- Simples como as grandes verdades - exclama Suzana. - Digamos que você tem alguns valores negativos que deseja eliminar, como por exemplo: o orgulho, a vaidade, o desamor, a impaciência e a maledicência. Para conseguir algum resultado vai ter que estar sempre atento, policiando-se, para não praticar o orgulho, a vaidade, o desamor, a impaciência e a maledicência. Mas com a minha receita, basta você se ocupar apenas em desenvolver esses dois estados de espírito. Os resultados são muito mais amplos e profundos, porque você não combate os valores negativos, mas constrói os positivos, entende?
- Realmente - concorda Anastácio. Essa sua receita é um verdadeiro achado. Mas você falou em dois estados de espírito, a fraternidade e o contentamento. Por que este último?
- O contentamento é um verdadeiro elixir de vida. É fundamental para o equilíbrio do ser humano, a sua saúde e bem-estar. Imagine uma pessoa fraterna, mas triste, depressiva, espalhando vibração pesada por onde passa. Para mim, Espiritismo é luz para a mente e amor e alegria para o coração. Isto dá plenitude ao ser.
- Realmente, é impressionante! Vejo você, neste horrível forró, demonstrando serenidade e até mesmo alegria.
Um enfermeiro que se aproxima, ouvindo as últimas palavras de Anastácio, explica:
- Este "horrível forró" como você diz, é coisa nova no mundo espiritual. Ele existe em variados modelos, principalmente nos umbrais do Brasil. É um recurso fundamental na transição do movimento espírita para um patamar mais elevado de consciência, para uma nova era.
Manoel e Marieta se aproximam, desejosos de aprender. Jerônimo faz as apresentações:
- Este é o Bernardo, o enfermeiro que dá assistência neste núcleo. Este aqui é o Anastácio, recém-chegado da Terra. Os outros já se conhecem.
Bernardo olha com ar afetuoso para Anastácio, informando:
- Este tipo de reduto, ou asqueroso forró, como você disse, também é conhecido como incubadora da alma. Aqui acontecem as grandes transformações, os grandes aprendizados.
- É isso mesmo - intervém Suzana. - Somos assim como as sementes que são enterradas no seio da terra para começarem a germinar. Estamos enterrados aqui, para começarmos a transmutar nossa natureza inferior em luz. Descemos a este inferno, como primeiro passo a nos conduzir a níveis mais elevados de consciência.
Cada vez mais surpreendido, Anastácio retruca:
- Não entendi.
- Aqui é aquele momento em que começamos a perceber, com maior clareza, a nossa própria essência. É quando passamos a sentir intensamente a necessidade de vivenciar a nossa verdade mais profunda, sem nenhuma sombra de hipocrisia, sem qualquer máscara, sem subterfúgios.
- Ainda não estou entendo direito.
Gentilmente Bernardo se põe a explicar:
- Os espíritas com menores cargas de erros ou faltas vêm estagiar aqui, para poderem aprofundar-se mais em si mesmos, vasculhar as suas razões mais profundas, descer até às profundezas da própria consciência em busca da verdade sem máscaras.
Estranhando, Anastácio pergunta:
- Verdade sem máscaras? E existe alguma verdade mascarada?
Soa um apito mais parecido a um assovio e Bernardo se apressa em sair, fazendo sinal a Jerônimo, que continua as explicações:
- As religiões cristãs criaram o sentimento de culpa nas pessoas, para melhor poderem dominá-las. Como a culpa é um sentimento desagradável, todos cuidam de cobri-la com máscaras as mais diversas, a fim de poderem sentir-se melhor.
Suzana quebra o breve silêncio que se fizera, explicando:
- Aqui nos reunimos diariamente, assistidos por psicólogos. Eles nos ajudam a aceitar nossas inclinações negativas, como resultado natural das nossas longas elaborações reencarnatórias. Também nos auxiliam a nos auto-amar e, principalmente, a dinamizarmos nossos valores positivos. Isto é muito mais produtivo e ajuda a eliminar os sentimentos de culpa, que são muito prejudiciais.
- A ordem aqui - acrescenta Jerônimo - é o crescimento interior da criatura, e não o seu massacre sob o peso do carma. Nas nossas reuniões cada um fala de si mesmo, dos seus desacertos, quando na Terra, não para se culpar ou desculpar, mas para tentar entender melhor a si próprio.
- E é interessante observar - continua Suzana - que a maioria dos novatos declara-se inocente. Pela ótica deles, são realmente almas puras. Mas aqui são induzidos a mergulhar fundo nas próprias consciências, a procura das razões profundas para os seus atos. Isto porque muitos atos ou atitudes até mesmo louváveis, quando são tiradas todas as máscaras, mostram intenções escusas como a vaidade, a sede de poder, o despeito, a egolatria e até mesmo a omissão, em nome de falsos valores. Veja o seu próprio caso, caro Anastácio. Nas poucas horas em que está aqui, já mudou muitas das suas convicções, não é verdade?
- É verdade - confirma Anastácio. - Nunca me passou pela cabeça que eu usava máscaras. Mas agora estou vendo que usava.
Após instantes de silêncio pergunta:
- E essa música estridente, desagradável, essa força que nos obriga a nos movimentar numa dança grotesca?
- São as forças latentes nesta faixa vibratória e a sua manifestação pode ocorrer de várias formas - explica Jerônimo. - Aqui é nessa dança grotesca, porque obrigatória, onde os presentes vão gastando determinadas energias que precisam eliminar.
E tomando ares de quem vai falar algo importante, continua:
- Contam que no final do século XX, num memorável encontro no mundo espiritual, Bezerra de Menezes lançou as diretrizes para o terceiro período do Espiritismo, que se iniciou com o novo século. Esse deverá ser o período da ATITUDE, ou seja, a fraternidade e a alteridade, na prática, não apenas nas palavras.
Silenciou por instantes, continuando:
- É bem fácil observar como vem surgindo nos meios espíritas, embora de forma ainda muito tímida, uma nova mentalidade; grupos e pessoas muito preocupados com a evolução espiritual da comunidade e procurando meios que ajudem as pessoas nesse sentido. E aqui podemos dizer que é uma das salas da escola dos futuros espíritas, daqueles que decidirem engajar-se na construção da nova humanidade.
Com simpático sorriso Suzana esclarece:
- E olha que essa construção não é trabalho apenas para os espíritas. No mundo todo vem surgindo movimentos buscando mais fraternidade e alteridade em todos os relacionamentos.
Impressionado, Anastácio pergunta:
- E a prática da caridade... Onde fica?
- Fazer caridade pode ser merecimento, mas o mais importante é cuidar da evolução - responde Suzana, continuando em tom brincalhão:
- Não tem muito espírita que acha que fazendo caridade está ganhando bônus-hora e garantindo um espaço em Nosso Lar? Caridade é uma coisa, evolução é outra, entende? Na Terra, nos meios espíritas, pela grande dificuldade que representa a reforma interior, a maioria acaba substituindo-a por ações caritativas. Mas não é a mesma coisa. A nossa evolução não decola se não buscarmos, por todos os meios, a vivência dos valores ou dos conteúdos espíritas, transformando discurso em atitudes. Assim, a caridade que fizermos, será movida pelo amor.
- Só que transformar discurso em atitudes é justamente o mais difícil - retruca Anastácio.
Jerônimo interfere:
- Não é tão difícil assim - já se esqueceu da receita da Suzana?
- É verdade. Havia me esquecido. Como é mesmo?
- A receita básica é simples. Você precisa se preocupar apenas com uma única ação: estabelecer sempre em si mesmo, nos seus estados de espírito, o contentamento e a fraternidade. Depois, vai acrescentando outros valores relacionados ao conhecimento, à sabedoria etc.
Jerônimo olha intencionalmente para Suzana que balança a cabeça afirmativamente. Pensa um pouco, como a procurar as palavras e dirigindo-se a Anastácio, diz:
- A Suzana e eu estamos elaborando uma espécie de agenda mínima, que pretendemos repassar para os nossos irmãos reencarnados. Nessa agenda, seguindo orientações do Dr. Bezerra, vamos colocar os pontos principais a serem observados por quem deseja realmente evoluir.
- Nós acreditamos que um dos grandes entraves em nossa evolução - explica Suzana - está no fato de os valores negativos a serem transmutados em positivos são tantos, e multiplicarem-se em tantas nuances e detalhes que acabamos nos perdendo em meio a tudo isso. Mas se organizarmos uma agenda mínima com os pontos mais importantes, estaremos trabalhando o cerne da questão. Assim, fixando-nos em apenas quatro ou cinco pontos, será muito mais fácil cumprirmos um roteiro evolutivo que irá alavancar nosso crescimento interior, de forma bem mais segura e proveitosa.
Anastácio estava alegremente surpreendido. Sempre encontrara grandes dificuldades para transmutar valores negativos em positivos. Refletiu um pouco e comentou em tom triste:
- Se eu tivesse tido acesso a esse tipo de idéias, a essa agenda mínima de que vocês falam, certamente não teria vindo para este horrível lugar.
Silenciou por instantes e continuou:
- Nos últimos anos, venho desenvolvendo uma teoria que vem ao encontro do que vocês disseram. Tenho observado que o grande vilão da nossa evolução é a memória, ou melhor, a falta dela. Sempre que nos decidimos a proceder de tal ou qual maneira, em consonância com os ensinamentos do Evangelho e os ditames da consciência, só percebemos que falhamos depois da palavra dita, da emoção sentida ou do ato praticado. Aí é tarde. Mas se, de acordo com a idéia de vocês, pudermos memorizar os pontos fundamentais...
- Olha só Jerônimo - exclama Suzana, entusiasmada. Isso da memorização de que fala o Anastácio vem complementar nossa idéia. Observe só a importância disso! Com uma agenda mínima, com apenas quatro ou cinco pontos fundamentais, será bem fácil criar procedimentos que ajudem a gerar memória; que ajam como lembretes.
- É isso mesmo! - Diz Jerônimo, sorridente. E dirigindo-se a Anastácio:
- Podemos "roubar" sua idéia?
- Claro que podem. Será um grande prazer para mim, poder contribuir com algo tão fundamental para a nossa evolução.
- E o melhor - conclui Jerônimo, exultante - é que vamos levar em breve essa agenda mínima para os reencarnados. Já está tudo mais ou menos acertado.
- E você vai colaborar conosco - afirma Suzana.
Antes que Anastácio possa dizer algo, Bernardo se aproxima e o segura pelo braço, dizendo gentilmente:
- Vem. Quero mostrar-lhe algo.
Aproximam-se de uma espécie de janela e Bernardo pergunta:
- Está vendo aquele pavilhão?
- Sim, estou vendo...
- É um pavilhão hospitalar - explica Bernardo,
Estranhando, Anastácio comenta:
- Tenho a impressão de que estão olhando para mim, como se eu pudesse ajudá-los.
- Não estranhe Anastácio - diz Jerônimo. - Estes doentes são apenas parte daqueles que deixaram de ser atendidos, por sua culpa.
Muito surpreendido e com uma pontinha de azedume, Anastácio retruca:
- Por minha culpa? Só pode ser engano. Eu sempre procurei ser um bom espírita. Bem... quero dizer, eu dediquei a minha vida inteira ao Espiritismo e, principalmente, à doutrinação de espíritos sofredores.
- Isso é verdade - confirma Bernardo. - Mas a sua tarefa sofreu muitos prejuízos por causa da sua vaidade e orgulho.
Anastácio abre a boca para retrucar mas se cala, enquanto Bernardo continua:
- Sim, Anastácio. Sou eu o enfermeiro que conduz os espíritos doentes ao socorro mediúnico no Centro onde você trabalhava. Os doentes deste pavilhão deveriam ter sido socorridos no grupo que se desfez, em razão de sua vaidade e falta de fraternidade.
Num impulso indignado, Anastácio exclama:
- Mas eu não sou vaidoso.
- É sim, meu caro - afirma o enfermeiro. - Você foi sempre considerado o melhor doutrinador da casa e essa idéia lhe subiu à cabeça. No início, quando entrava na sala das reuniões suas vibrações eram de amor e desejo de ajudar. Mas aos poucos foi se empolgando com a admiração que sua doutrinação provocava em algumas pessoas e em si mesmo. E aí, quando entrava na sala, já não tinha mais aquela vibração de amor, de afeto. Você só ficava pensando em como falaria em tais e quais situações. Seu pensamento, em vez de buscar o Alto, ficava girando em torno dos temas brilhantes da doutrinação e, como você era o principal responsável pelo grupo, este começou a decair, até que se extinguiu. Se você e o grupo tivessem se empenhado profundamente na reforma interior, na construção de atitudes verdadeiramente fraternas...
Anastácio baixa a cabeça, angustiado. Após alguns instantes murmura:
- Meu Deus! Eu que li tantos depoimentos de espíritos que esperavam ser recebidos com honras no mundo espiritual, mas se deparavam com realidades amargas... Nunca pensei em me ver numa situação como esta. Oh, arrependimento profundo... como machuca! Ah, se eu pudesse voltar à vida! se pudesse...
Atira-se de joelhos, baixa a cabeça e balbucia com humildade:
- Meu Deus, tem piedade de mim! Tem piedade de mim! Tem piedade de mim!
Com o rosto molhado de pranto repete, angustiado:
- Tem piedade de mim! Me deixa voltar a viver... Ah, meu Deus, me ajuda! Me ajuda! Tem piedade de mim!
Anastácio sente-se sacudido por mãos invisíveis. Já não vê o enfermeiro nem o ambiente onde estivera. Em meio ao nevoeiro formado pelas lágrimas, vê o rosto da esposa e percebe que é ela quem o sacode, enquanto diz:
- Anastácio! Acorda! Para com isso. Você está chorando... Deve ter sido algum pesadelo terrível...
Anastácio custa a entender que estivera sonhando. A esposa procura confortá-lo:
- Calma, querido, você teve um sonho mau. Foi só um sonho mau.
- Sonho mau - repete automaticamente.
Já completamente acordado, levanta-se de um pulo e começa a rir e a chorar ao mesmo tempo.
- Sonho mau? - Pergunta num rompante. Foi o melhor sonho que já tive... O mais importante!! O mais importante de todos!
Ajoelha-se novamente e, ante o espanto da esposa, levanta o rosto e as mãos para o alto, exclamando:
- Obrigado, meu Deus... Obrigado... Obrigado...
Mais calmo, comenta:
- Agenda Mínima Espírita... Como será que vai chegar?

Webradio - Espiritando

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Rádio Dimensão Espírita

Divaldo Franco em Carapicuíba

Divaldo Franco
Médium e Orador Espírita


ECarapicuíba - SP no dia 06 de agosto de 2010 sexta-feira

19h00 - Sessão de Autógrafos
20h00 - Conferência

Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus 83 anos, 63 foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador. Nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.
É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo

Local da Conferência:
CARAPICUIBA CENTER CLUBE
Rua Cataguá, 802
Jd. Sta. Tereza
Carapicuíba-SP

*A partir de centro de Carapicuiba, seguindo pela Av. Inocêncio Seráfico, virar a esquerda no 1º semáforo após a Igreja s. Lucas (veja mapa de referencia em anexo)
Para quem vem de trem, descer na Estação Carapicuiba onde há algumas opções de ônibus como Vl. Dirce e Jd. Tonato•

Mais Informações:
oficinadeluz@uniaoespirita.org.br
contato@uniaoespirita.org.br
11) 9461-1692 - Elias Costa

domingo, 11 de julho de 2010

Os Sermões de Jesus



Em seu messianato, Jesus proferiu inúmeros sermões, públicos e privados, mas o primeiro deles e também o mais importante é aquele que ficou conhecido como o Sermão da Montanha, chamado também de Sermão das Bem-Aventuranças

Sermão é, conforme os dicionários, discurso religioso, doutrinal ou moral; reprimenda com intenção de moralizar; admoestação e crítica. Em seu messianato, Jesus proferiu quatro sermões, públicos e privados, com destinação certa e procurando atingir seus objetivos. Os públicos eram feitos em lugares que marcaram a passagem do Mestre, que ensinava caminhando. Os privados, feitos em reuniões fechadas com seus discípulos. O primeiro deles – e o mais importante – é o Sermão da Montanha, também chamado O Sermão das Bem-Aventuranças. O segundo é o Sermão Profético. O terceiro é denominado Sermão do Cenáculo, e o último representa uma reprimenda e severa admoestação aos escribas e fariseus: é o Sermão dos Oito “Ais”.

Sermão da Montanha
Narra o Novo Testamento que, antes de iniciar sua vida pública, Jesus fez 40 dias de silêncio e meditação no deserto. Esse sermão é a primeira mensagem que, logo no princípio, dirigiu ao povo e é chamado Sermão da Montanha por ter sido proferido nas colinas de Kurun Hattin, ao sudoeste do lago de Genesaré. Essas palavras podem ser consideradas a “plataforma do Reino de Deus”, usando uma linguagem política,¹ porque:

1- trouxe os fundamentos do Cristianismo;
2 - deu-nos um código moral que, sozinho, nos orientaria;
3 - afirmou que o Reino de Deus não é deste mundo;
4 - contradisse a suposição de ser um messias político.

Logo de início, vêm as oito Bem-Aventuranças, nas quais o Mestre proclama felizes, precisamente, aqueles que o mundo considera infelizes: os pobres, puros, mansos, pacificadores, perseguidos etc. Em seguida, chama a nossa atenção para a necessidade da prática dos ensinamentos que transmitia, estimulando, em nós, o que temos de melhor, convidando-nos a sermos perfeitos como o Pai Celestial o é. Percebemos, claramente, com isso, que a distinção entre felicidade e gozo, infelicidade e sofrimento é encontrada em todo o Evangelho, e só compreendida por aqueles que já despertaram para a consciência da sua condição de Espíritos imortais.

O Sermão da Montanha representa, assim, o mais violento contraste entre os padrões do homem material e o ideal do ser espiritual. Por ex: o homem material acha um absurdo amar os que não lhe querem bem, fazer bem aos que o caluniam; sofrer mais uma injustiça do que revidar a sofrida. Sob a perspectiva do homem que vive, essencialmente, as experiências materiais, ele tem razão. Mas Jesus nos convida a irmos além. Pede para entrarmos em uma nova dimensão de consciência, ultrapassando a materialidade e entrar em um campo inédito, grandioso, com uma visão cósmica do outro – prática da indulgência -, porque só assim entenderemos a constante transitoriedade de tudo que seja material, para nos atermos àquilo que é essencial e perene: a vida do Espírito.

Como entender o advento do Reino de Deus, por exemplo, se cada homem, individualmente, não o realizou dentro de si mesmo? Somos esse homem e podemos fazer isso. Que tal reservar, em cada dia, um tempo “para se interiorizar no seu Eu Divino, no seu Cristo Interno” ( 4), revendo idéias, atitudes, buscando pensar e fazer melhor do que pensou e fez ontem? Que tal substituir valores materiais por valores divinos, esvaziando-se do humano e abastecendo-se de Deus, como na Parábola do Filho Pródigo, que se afasta do pai e, depois, arrependido, busca reencontrá-lo, vencendo suas imperfeições? (Lucas 15, 11-32.). Se desejamos viver com e como o Cristo, necessitamos viver uma vida cem por cento conosco e não nos iludir com paliativos e disfarces que encobrem a verdade sobre nós mesmos. E por termos essas dificuldades é que Jesus, tomado de compaixão pelo mundo, desceu das alturas e deixou seu sermão com consoladoras promessas, trazendo fé, resignação nas adversidades, mansidão nas lutas redentoras, misericórdia no meio da tirania e da loucura. Sabendo, por antecipação, que todo aquele que seguisse as Suas palavras seria injuriado e perseguido, recomendou que não nos encolerizássemos contra o mal que nos fizessem, para que pudéssemos exemplificar a nossa existência.

Terminadas as “Bem-Aventuranças”, Jesus nos alerta para vivenciarmos esses ensinamentos, e por isso nos exalta, procurando destacar o que temos de melhor, mostrando que aqueles que seguem Suas palavras, que as exemplificam, são considerados o sal da terra, porque estão preservados da corrupção; que Seus ensinamentos são a luz espiritual do mundo que deve ser espalhada e não escondida. A luz destrói as trevas. O conhecimento destrói a ignorância. Assim é o discípulo de Jesus: todos o observam a ver se desmente com atos o que prega com as palavras.

Continua o Mestre, ainda, alertando-nos que não veio destruir a lei ou os profetas; ao contrário, veio dar-lhes cumprimento, ensinando aos homens como seguir à risca as orientações. Fala do progresso contínuo daquele que se propõe ao entendimento da prática das Suas palavras, da responsabilidade dos que ensinam. Pede que nos reconciliemos com nossos adversários, enquanto estivermos na matéria – nós e eles -, mudando ações e não pagando o mal com o mal. Convida-nos a termos a mesma atitude da viúva que dá da sua necessidade e não do seu supérfluo, ou seja, não fazermos caridade com ostentação, para que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. Leva-nos, por fim, a refletir sobre a oração. Recomenda que oremos, secretamente, dentro do nosso quarto e como um ato sagrado que é, que a oração seja realizada na maior simplicidade possível e na mais perfeita humildade e harmonia. Deixa-nos, então, a oração universal por excelência: o Pai Nosso.

Sermão Profético
Conforme O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XXI, profeta é, sobretudo, alguém que anuncia as coisas de Deus, podendo ou não ter a condição de predizer o futuro. Jesus era um profeta em toda acepção da palavra.

Proferido no Monte das Oliveiras, podemos perceber, ainda que de forma velada, a amargura do Cristo com a incompreensão dos homens, diante das mensagens de Vida que Ele veio trazer.

Mas, qual era o objetivo do Mestre com esses ensinamentos? Nele, Jesus prognosticou uma série de acontecimentos que marcariam os séculos vindouros, devido à resistência dos homens em entenderem e aceitarem a mensagem cristã do “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Suas palavras deixam claras as catástrofes pelas quais o mundo passaria, até acordar, de vez, para a necessidade de amar incondicionalmente, de fazer o bem sem ostentação.

“Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derrubada”. ² Com essa frase, Ele anuncia não só a ruína de Jerusalém, mas também a das instituições falidas: as de ontem e as de hoje, podemos assim entender, diante dos quadros de iniquidades que vemos nos dias que correm. Adverte aos discípulos e ao povo quanto às dificuldades futuras; fala sobre o cuidado que devemos ter em relação aos falsos profetas que surgirão, lembrando-nos da necessidade de vigilância e análise de tudo o que vemos e ouvimos; para que prestemos atenção às aparências, redobrado cuidados com as interpretações errôneas dos ensinamentos recebidos. Alerta para o fato de que o não cumprimento da lei da fraternidade trará guerras, fome, pestilências e que muito se matará e se fará sofrer por causa das verdades que trazia. Mas, também, fala do mundo novo que irá surgir, advertindo a todos que não deveremos levar para ele as idéias velhas, os problemas do passado. E lembra, ainda, que é preciso ficar atentos, orando e vigiando para que estejamos preparados a fim de passar pelas duras provas como verdadeiros cristãos, tirando delas o máximo proveito para o burilamento do Espírito. Não haverá, portanto, isenção de provas, mesmo para aqueles que já estão estudando e compreendendo o Evangelho.

Nesse sermão, Jesus fala sobre a Parábola da Figueira Seca. Conta, também, a Parábola das Dez Virgens e a Parábola dos Dez Talentos, ambas de orientação mais direta aos trabalhadores da Seara, através das quais Jesus mostra as consequências das nossas atitudes, com o não cumprimento dos deveres assumidos. As leis de orientação geral, contidas nele, são as Leis de Amor que abrangem os princípios da caridade. Diz que os que não se enquadram nesses preceitos sofrerão, exortando, por conta disso, a necessidade da vigilância e do cumprimento das Suas palavras, porque não sabemos quando seremos chamados ao mundo dos Espíritos. O Espiritismo entende, nessa advertência, a aplicação da Lei de Reencarnação, com existências expiatórias de grandes dificuldades.

Jesus falou, ainda, de eventos que aconteceriam logo após sua morte, e outros que ocorreriam a longo prazo. Diz Ele que “passarão o céu e a terra, mas suas palavras não passarão”. Entendemos que os ensinamentos do Mestre são uma lei moral universal, emanada de Deus, e que por isso as coisas materiais poderão desaparecer, sem que suas palavras deixem de prevalecer para os Espíritos, porque são palavras de Vida Eterna.

Com essas profecias, Jesus separa os servos infiéis dos fiéis, enumerando as boas qualidades de um e as más qualidades do outro. O servo fiel, do ponto de vista do Cristo, é aquele que, em qualquer circunstância, se lembra de cuidar dos patrimônios de Deus, ou seja, do corpo, do Espírito e da responsabilidade que tem com os familiares. Tudo isso sem esquecer, ainda, dos inúmeros sofredores que encontra na existência, pedindo consolo, amparo, ignorantes da luz. Nele, ainda, o Mestre prodigaliza a mudança do planeta de provas e expiações para um planeta de regeneração, com a separação dos que praticam o Evangelho, em sua plenitude, daqueles que ainda se rebelam contra isso. A Doutrina dos Espíritos nos ensina que a cada dia de nossa existência temos chances de renovação, e que a cada reencarnação nova oportunidade de renovação íntima se nos apresenta. Assim, quando nosso mundo ascender à condição de mundo de regeneração, não haverá mais condição para a permanência de Espíritos que persistam na prática do mal.

É interessante notar a posição firme de Jesus em relação à sua missão, mesmo estando consciente dos fatos que viriam a acontecer. Podemos deduzir disso que, independentemente da posição de Judas, os sacerdotes e os outros também permaneciam firmes no propósito de eliminar o Cristo, pelo ódio que sentiam por Ele, e pelo medo das mudanças que Ele trazia para as consciências dos homens.

Sermão do Cenáculo

O Dicionário Aurélio – Século XXI - diz que cenáculo é uma reunião de pessoas que trabalham para um fim comum. E, numa segunda definição, que é um lugar onde as pessoas fazem suas refeições (refeitório).

O Sermão do Cenáculo ficou assim designado por ter sido proferido no recinto onde Jesus fez a chamada última ceia, antes de sua prisão. Cairbar Schutel ³destaca que “o Sermão do Cenáculo é tão importante, edificante e substancial quanto o Sermão do Monte. Este é a entrada do Espírito na Vida Perfeita; aquele é a força, a esperança e a fé para prosseguirmos nessa tão gloriosa senda”. ³ O objetivo da reunião do Mestre com Seus discípulos era complementar as recomendações e a preparação dos discípulos para as difíceis provas que enfrentariam, pois sabia que, em breve, não estaria mais entre eles.

Depois de repartir o pão, simbolizando a doutrina que trazia, e o vinho (como essência da vida), representando o Espírito que há de vivenciá-la sempre; de ter lavado os pés dos discípulos em sinal de humildade e pureza de alma, inicia seu discurso com memoráveis palavras de conforto, esperança e resignação: “Não se turbe vosso coração; credes em Deus? Crede, também, em mim: na casa de meu Pai há muitas moradas...”.

Jesus prossegue, despertando neles a certeza da imortalidade do Espírito, conscientizando-os de que Ele é a Verdadeira Videira e que eles, os discípulos, eram seus galhos. Os galhos saem do tronco e dão folhas, flores e frutos. Que assim deveriam ser os discípulos do Mestre, pois o galho que não der frutos será cortado e lançado fora, mostrando a necessidade do trabalho espiritual. Pediu que permanecessem em Seu amor e que se amassem, uns aos outros, como Ele os amou. Insistiu que todos esperassem a vinda do Espírito de Verdade, o outro Consolador, que viria explicar o que Ele não pôde, e lembrar o que eles esqueceriam. Disse palavras de consolação, antes da partida para a casa do Pai. Despediu-se dos amigos e encerrou o sermão com uma prece dedicada não só aos discípulos que o acompanhavam, mas a todos nós que procuramos segui-Lo e exemplificá-Lo.

É interessante destacar que João não fala dos sofrimentos de Jesus no Jardim Getsêmani como o fazem os outros evangelistas. No entanto, foi o discípulo que mais esteve próximo dEle.

Sermão dos Oito “Ais”

Na “Introdução” de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec sustenta que os fariseus “tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Eram servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigo dos inovadores e afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticuloso devotamento, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como um meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. De virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por uma ou outras, exerciam grande influência no povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém”.

Jesus recomendou a Seus discípulos, certa feita, que se precavessem dessas doutrinas que são como o fermento que leveda a massa toda, tornando-a vistosa e volumosa aos olhos dos homens, mas oca e sem consistência por dentro.

Esse sermão é uma advertência aos escribas – ensinavam e interpretavam a lei para o povo e, como os fariseus, não toleravam inovações -, aos fariseus e ao povo todo, incluindo-se as autoridades, alertando-os para o fato de que esses homens estavam sentados na cadeira de Moisés e, por essa razão, fizessem tudo que eles ordenassem, mas que não agissem em consonância com o que praticassem, pois estavam longe de exemplificar o que ensinavam. Proferiu oito “ais”, dizendo, por exemplo: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estais cheios de rapina e iniquidade”. (Mt 23, 25.)

Recriminou o fato de se preocuparem em demasia com os bens terrenos, explorando quem necessitasse de suas orações para abrandar a justiça divina e de valorizarem oferendas de alto valor, prevalecendo o material sobre o espiritual. Advertiu sobre a excessiva preocupação com as aparências exteriores, descuidando-se da reforma interior, ostentando ares de bondade, sendo amáveis e corteses por fora, e verdadeiros lobos em peles de cordeiro. Disse Jesus, nesse discurso, que se assemelham a sepulcros caiados, formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e imundícies. Chamou a atenção para a sustentação de postulados de uma religião dogmática, impregnada de fanatismo e que se comprazia na observância de vãs tradições. Adverte sobre o dízimo (décima parte de tudo ou parte do que lucravam) que eles davam ao Templo, porque julgavam que isso era o suficiente para estarem de acordo com a lei divina, mostrando a excessiva importância às coisas materiais, em detrimento do Espírito. Davam o dízimo e não exerciam a misericórdia com os sofredores: viam impurezas e heresias demais nos outros; humilhavam e maltratavam os subalternos; desvalorizavam as pessoas que realmente possuíam qualidades nobres. Não compreendendo a extensão da mensagem de Jesus e com sentimentos de ódio em relação a Ele e às Suas idéias, manipularam a verdade de forma a atender aos seus interesses, colocando entraves para impedir que o povo e eles próprios percorressem o caminho da salvação.

Conclusão
A idéia equivocada de que matando o homem matar-se-ia a mensagem não aconteceu, e a Doutrina de amor que Ele veio trazer aí está como árvore frondosa a cobrir os sedentos de justiça, aflitos, mansos, pacificadores e todos que buscam consolo, esperança e refazimento dos seus corpos e Espíritos para que, fortalecidos nas palavras de vida eterna, prossigam destemidos em direção ao Pai.

Por essa razão, mais do que nunca, o alerta do Cristo é para os dias atuais, porque todos esses homens sempre existirão. Nunca se fez tão necessário, como hoje, conhecer ou lembrar, em regime de urgência, os ensinamentos deixados por Ele e, sobretudo, manter em mente que nos Evangelhos encontramos as soluções para os problemas que nos angustiam. Sendo a linguagem inacessível “para uma parcela dos que os manuseiam, torna-se necessário que vários temas abordados por Jesus sejam elucidados à luz do Espiritismo, doutrina consoladora, que vem, em época propícia, dar cumprimento às suas promessas”. (...) “sobre o advento do Consolador” ¹, restabelecendo os ensinamentos evangélicos em seus verdadeiros fundamentos.

Leda Maria Flaborea - São Paulo, SP (Brasil)

sábado, 10 de julho de 2010

19 DE JULHO, DIA DA CARIDADE - VAMOS COMEMORAR

Olha que bacana a iniciativa dos nossos confrades do GEFESC - Grupo Espírita Fé, Esperança e Caridade - da cidade de Pelotas, RS: eles estão atentos que 19 de julho é oficialmente "O Dia Nacional da Caridade", conforme a Lei nº 5.063, de 1966, por decreto do então presidente Humberto Castelo Branco.
Desta forma, o GEFESC vai comemorar esse dia sob o referido tema e convida todos os Centros Espíritas a se juntarem nessa campanha, que, aliás, é a bandeira da nossa Doutrina, conforme nos disse Allan Kardec: "FORA DA CARIDADE, NÃO HÁ SALVAÇÃO".
Vejam a mensagem/convite que recebemos dos irmãos gaúchos:


"Diante de todas as dificuldades do mundo o Espiritismo nos aponta que a solução ainda é a Caridade. A rigor não seria necessário comemorar uma data específica, mas observamos que se no movimento espírta essa virtude vem sendo mal-entendida e até desconsiderada, na sociedade em geral nem se tem idéia que ela possa ser uma solução para muitos problemas da atualidade e do futuro. Assim, nos decidimos por começar a comemorar esta data e aos poucos ir levando esse evento para a sociedade em geral, ao qual convidamos todos os centros espíritas a nos acompanharem, na medida do possível".


Pesquisando sobre o tal decreto, encontramos no site oficial do Senado Federal a cópia do texto regulamentar e aqui o transcrevemos para o conhecimento de todos:


------------------------------------------------------------------------------------

LEI Nº 5.063, DE 4 DE JULHO DE 1966

Institui o Dia da Caridade

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º É instituído o ¿Dia da Caridade¿, que será comemorado anualmente a 19 de julho, com a finalidade de difundir e incentivar a prática da solidariedade e do bom entendimento entre os homens.

Art. 2º A organização do plano para as comemorações ficará a cargo dos Ministérios da Saúde e Educação e Cultura, constando obrigatòriamente, sem prejuízo de outras iniciativas, de visitas a hospitais, casas de misericórdias, asilos, orfanatos, creches e presídios, e a todos os demais lugares onde a pobreza e a dor mais se façam sentir.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 4 de julho de 1966; 145º da Independência e 78º da República.

H.CASTELLO BRANCO.

Raimundo Moniz de Aragão.

Raymundo de Britto.

--------------------------------------------------------------------------

Fonte: Site oficial Senado Federal

Preceitos de Paz

Agora é o seu mais belo momento de realizar o bem.
Ontem passou e amanhã está por vir.
Qualquer encontro é uma grande oportunidade.
Pense nas sementes minúsculas de que a floresta nasceu.
Não deixe de falar, mas aprenda a ouvir.
Quem sabe escutar pacientemente, encontra pistas notáveis para o êxito no serviço que abraçou.
Fuja de cultivar conversações menos dignas.
O interlocutor terá vindo buscar o seu respeito a Deus e à vida, a fim de equilibrar-se.
Não dê tempo às lamentações.
Meia hora de trabalho, no auxílio ao próximo, muitas vezes consegue alterar profundamente os nossos destinos.
Não mostre rosto triste.
Muita gente precisa de sua alegria para levar alegria aos outros.
Não menospreze quem bate à porta, conquanto nem sempre esteja você disponível.
Em muitas ocasiões, aquele que aparentemente incomoda é o portador de grande auxílio.
A ninguém considere inútil ou fraco.
Um palácio, comumente, é construção enorme; no entanto, nem sempre oferece agasalho ou acesso, sem a colaboração de uma chave.
Não persista em obstinações, reações ou discussões desnecessárias.
Em muitos casos, um simples prego, atacando uma roda, pode retardar a viagem num carro perfeito.
Auxilie a todas as criaturas que lhe partilham o clima individual.
Ainda mesmo na doença mais grave ou na penúria mais avançada, você pode prestar um grande serviço ao próximo: você pode sorrir.

ANDRÉ LUIZ
Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Faça como a Água


Se alguém lhe bloquear a porta,
não gaste energia com o confronto,
procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água...
... a água nunca discute com seus obstáculos
mas os contorna...
Quando alguém ofender ou o frustar,
você é água e a pessoa o obstáculo!
Contorne sem discutir!

domingo, 4 de julho de 2010

Opniões Alheias


Se trazes a consciência tranquila, porque te impacientares tanto com as opiniões alheias, desfavoráveis?

Cada pessoa fala daquilo que conhece oferecendo o que seja ou o que tenha.

A suposição dos companheiros, a nosso respeito, nasce daquilo que eles estimariam ou estimam fazer.

Cada qual de nós está no centro das próprias experiências.

Os irmãos que nos cercam são livres para pensarem a nosso respeito, da mesma forma que somos livres para anotar-lhes o comportamento.

Ninguém consegue obrigar determinada pessoa a raciocinar com outro cérebro, a não ser aquele que lhe pertence.

Se um a pessoa se irrita contra nós sem razão, isso não é motivo para que venhamos a comprar uma rixa desnecessária.

Você está diante de uma pessoa encolerizada da mesma forma que você se encontra perante um doente: preste auxílio.

Toleremos os outros, para que os outros nos tolerem.

Hoje, alguém terá perdido a serenidade, à nossa frente; amanhã, possivelmente, seremos nós, em situação igual diante deles.

Emmanuel
(Do livro “Calma” – Chico Xavier)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Gravação do DVD de Rosângela Pires

JOCAL - Jovens a Caminho da Luz



Jovem, se você mora próximo a um dos nossos Núcleos Espíritas do "A Caminho da Luz" (região do Itaim Paulista, São Paulo-SP), venha conhecer e fazer parte do JOCAL - Jovens A Caminho da Luz.
Essa galera promove atividades bem legais que toda a juventude vai curtir, além de participar dos trabalhos convencionais da Casa.
Dessa turma esperta há palestrantes, médiuns e artistas que fazem trabalho de adulto no Centro Espírita "A Caminho da Luz", pois eles são motivados a multiplicarem os talentos que receberam.

Visitem e conheçam o JOCAL:

Núcleo A Caminho da Luz - Jd. das Oliveiras
R. Manuel Lemes da Silva, 435 (ao lado da Casa Bahia)
Jardim das Oliveiras - Itaim Paulista - São Paulo, SP
Aos domingos, às 18h.


Núcleo A Caminho da Luz - Jd. Camargo Velho
R. Manuel Rodrigues Santiago, 19 (travessa da R. Tibúrcio de Souza)
Jardim Camargo Velho - Itaim Paulista - São Paulo, SP
Aos domingos, às 9h30min.

O PARABÉNS ESPÍRITA

O Parabéns Espírita


Parabéns prá você, você mereceu renascer
Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
Tenha fé nesta vida e na vida futura também
Que os anjos do céu
Te conduzam na estrada do bem

Parabéns prá você, você mereceu renascer
Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
Pense sempre no bem
Faça todo o bem que puder
Que os anjos do céu te conduzam
Na estrada da fé

Parabéns prá você, você mereceu renascer
Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
Tenha fé nesta vida e na vida futura também
Que os anjos do céu
Te conduzam na estrada do bem
Parabéns prá você, você mereceu renascer
Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
Tenha fé nesta vida e na vida futura também
Que os anjos do céu
Te conduzam na estrada do bem

Parabéns prá você, você mereceu renascer
Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
Pense sempre no bem
Faça todo o bem que puder
Que os anjos do céu te conduzam
Na estrada da fé

Parabéns prá você, você mereceu renascer
Entre tantos bilhões, você mereceu renascer
Tenha fé nesta vida e na vida futura também
Que os anjos do céu
Te conduzam na estrada do bem

Caminhar sempre


Nada e ninguém tem o direito de nos fazer parar ou desistir.
Para que parar, se temos a oportunidade de continuar e construir uma nova história?
Quando paramos, estacionamos, não abraçamos nem tomamos posse das graças e promessas de Deus em nossas vidas.
Ao passo que quando caminhamos, crescemos,nos tornamos melhores, fazemos a diferença em nossas vidas e na dos demais, aprendemos a amar mais, a perdoar mais e a sorrir mais.
Dessa maneira, vamos transformando as pessoas e as situações ao nosso redor,e também sendo transformados por elas.
Tendo a graça de corrigir e ser corrigidos, de conhecer os desígnios de Deus e tocar nas promessas d’Ele.
Olhe que lindo! Quando caminhamos, nós vamos descobrindo qual a melhor direção a seguir e a buscar.
E assim, fazemos a experiência de descobrir os melhores caminhos que Deus tem para nós,sem correr o risco de errá-los.
E ao abraçar o que Deus tem para nós, somos mais felizes, e dessa forma, também fazemos os outros mais felizes.
Seguir em frente é necessário e fundamental.
O que nós não podemos fazer é parar.
Isso não pode acontecer.
Pois ao fazê-lo, deixamos de viver,de acreditar e de ver as coisas “além” do que conseguimos ver normalmente, e acabamos nos tornando pessoas negativas, desmotivadas, tristes, acomodadas…
Quando paramos, perdemos o gosto e a razão de viver. Por quê?
Justamente porque estamos “estacionados”.
E isso não pode acontecer conosco.
Nem comigo nem com você.
Não pode acontecer com ninguém.
Mas, se isso estiver ocorrendo com você,reaja, lute, volte a caminhar de onde você parou!
Acolha isso como uma ordem de Deus:
Ande, caminhe, siga em frente.
Quantas pessoas estão paradas nos seus medos,nos seus complexos de inferioridades,
nas suas dores, nas suas preocupações,nas provações, nas revoltas, na depressão, no ódio…
Quantas pararam nos seus relacionamentos.
Muitas pararam de sonhar, de lutar por seus ideais e metas.
Onde você parou?
Para que parar, quando temos a chance de continuar a caminhada todos os dias?
Nada e ninguém têm o direito de nos fazer parar ou desistir.
Por isso, voltemos à estrada, voltemos a trilhar nosso caminho,com fé, coragem, determinação, ousadia, ânimo, força de vontade.
Vamos tocar a vida em frente sem olhar para trás.
Caminhemos sem desanimar, independentemente do que possamos estar vivendo.
Não vamos deixar que o sofrimento, as provações, as pessoas e os acontecimentos nos paralisem.
Caminhemos sempre!
E saiba que a cada novo passo que nós damos,Jesus o dá junto conosco.

Por: Betania Alves