segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Questiono-me sempre!



Eu sou daqueles que pensam que para estabelecer uma discussão, no bom sentido da palavra, há que saber minimamente do que se fala, conhecendo pelo menos as questões básicas do assunto em questão.

Se há uma coisa que o Espiritismo me ensinou foi a não repetir o que os outros dizem e repetem do que já ouviram dizer. Isso não é ter ideias e compreendê-las, quando menos é ser um papagaio. Lamentavelmente vê-se muito disso no meio espírita, mas é lá com quem assim procede.

A questão é que quando não entendemos ou compreendemos aquilo em que acreditamos estamos prestes a entrar no âmbito do fundamentalismo e do fanatismo. A falta de senso critico não nos deixa pensar anulando a nossa criatividade e personalidade.

O fanatismo tem estado presente na história dos povos que não souberam pensar. Basta ver a barbárie nazi-fascista que contaminou a Europa. Basta parar para observar que algumas daquelas idéias ainda subsistem, pairando no ar de vários países do chamado “primeiro mundo,” embora as terríveis consequências sofridas pela humanidade inteira. Discriminação, segregação, racismo são apenas algumas dessas características.

As religiões, no percurso da história da humanidade, cultivaram uma e outra vez a aceitação cega dos seus postulados anulando a capacidade de elaboração do pensamento crítico o que levou a muitos, justificadamente, a terem uma rejeição sem concessões das mesmas. Impregnadas de contradições, ambição, vícios, atrocidades e barbáries, cúmplices e submissas do poder, souberam também dar à humanidade, homens e mulheres de imenso valor humano e integridade moral.

Acredito que o mundo tem, nas nobres idéias das que está carregado, belíssimos instrumentos que podem fazer dele um lugar melhor.
É preciso, no entanto, aprender a pensar para evitarmos cair na estreites da nossa curta visão, pois todos aqueles que definem as suas ideias ou as ideias que seguem como as MELHORES, as mais luminosas e esclarecedoras encontram-se mais próximos da pequenez do próprio cérebro que da grandeza do coração humano.

Questiono-me sempre porque penso que as certezas são inimigas do sensato.

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